E aí, gente? Mekicestão?
Esta é a semana da Mulher e nada melhor para conversarmos sobre a saúde feminina, concordam? Assim, como eu disse no post Cores de Março, esse mês é representado por 3 cores diferentes para chamar atenção a problemas de saúde. Uma delas é o amarelo, cor escolhida para as campanhas de atenção à endometriose. Bora lá?
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WTH é endometriose?
Bom, de acordo com o site da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS) e o site do Dr. Dráuzio Varella, o endométrio é um conjunto de células que revestem o útero. É nele que o óvulo, quando fertilizado, se fixa e o feto se desenvolve. Quando nós não somos fecundadas, uma boa parte do endométrio é eliminado junto com a menstruação. Uma outra pequena parte fica no útero, se prolifera, e prepara todo o útero novamente para uma outra fecundação. Isso acontece durante todo o nosso ciclo menstrual.
Só que, no caso da endometriose, em vez dessas células serem expelidas, elas simplesmente migram pra outro lugar, podendo ir parar nos ovários ou na cavidade abdominal. Uma vez lá, elas continuam fazendo o trabalho delas, se multiplicando e sangrando, exatamente como fariam se estivessem no útero. Isso dói para um caramba e pode causar algumas complicações.
O site Manual MSD diz que os lugares mais comuns para o endométrio crescer no lugar errado é ao redor dos ovários, do útero ou das tubas uterinas (ou trompas de Falópio, dependendo da sua idade), mas também pode ocorrer na vagina ou até mesmo nos intestinos. Além disso, a mulher pode ter endometriose em só um lugar ou em vários.
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Credo! E qual é a causa disso?
Então… Ainda não se sabe. Acredita-se que a genética esteja envolvida, ou seja, se a sua mãe ou alguém na sua família tem, é possível que você também tenha. Mas a causa ainda não está clara.
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Deus me defenda! E quais os sintomas desse troço?
– Dor é o principal. A cólica menstrual parece ser tão ruim que algumas mulheres ficam incapazes de exercer suas atividades;
– Dor durante as relações sexuais;
– Dor e sangramento para urinar ou evacuar durante o período menstrual;
– Infertilidade.
O Manual MSD fala que é possível que os sintomas melhorem por um tempo durante a gravidez e é comum pararem depois da menopausa. Mas em algumas mulheres esses sintomas são permanentes.
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E como eu descubro se tenho isso?
Bem, você vai ter que ir ao ginecologista. Seu médico vai fazer o exame ginecológico e depois vai tentar confirmar com alguns exames laboratoriais, de imagem e até biópsia.
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Tem tratamento isso?
Tem, mas como a doença regride espontaneamente com a menopausa, o tratamento depende dos sintomas, da idade da mulher, dos planos para gravidez e até da fase da endometriose.
– Mulheres mais jovens podem tomar medicamentos para suspender a menstruação;
– Pílulas anticoncepcionais também podem ser utilizadas;
– Cirurgia para remover ou destruir o tecido endometrial que cresceu no lugar errado.
– Mulheres que já tiveram os filhos que queriam podem retirar seus ovários ou útero como uma alternativa.
Encontrei um vídeo do Dr. Dráuzio Varella no Youtube falando sobre isso:
Então, o recado principal é o seguinte: já que não sabemos a causa da doença, a melhor coisa é consultar o ginecologista regularmente. Quanto antes a endometriose for detectada, melhor será o tratamento.
E aí? Você tem endometriose ou conhece alguém que tenha? Conte!
Fontes: BVSMS, Dráuzio Varella, Manual MSD.
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