A carne, especialmente a vermelha, tem sido associada a diversos riscos à saúde, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e maior mortalidade em geral. O consumo elevado de carne vermelha, tanto processada quanto não processada, está relacionado a esses problemas devido à presença de gordura saturada, colesterol e outros compostos como o ferro heme. Além disso, a carne vermelha processada pode agravar esses riscos. Pesquisas recentes indicam que o aumento do consumo de carne vermelha e processada está ligado ao aumento do risco de diabetes tipo 2. Em um estudo, o consumo de 50 gramas adicionais de carne processada por dia elevou o risco de diabetes em 15% nos dez anos seguintes, enquanto o consumo de carne vermelha não processada teve um impacto menor, aumentando o risco em 10% a cada 100 gramas adicionais consumidos.

Estudos também sugerem que reduzir o consumo de carne processada e vermelha pode prevenir uma quantidade significativa de casos de diabetes tipo 2. Por exemplo, cortar o consumo de carne processada em um terço poderia evitar mais de 350 mil casos de diabetes nos Estados Unidos em uma década. Já a redução da carne vermelha não processada poderia evitar ainda mais casos, devido ao maior consumo médio de carne processada. Embora o frango e outras aves sejam vistos como alternativas mais saudáveis, pesquisas apontam que o consumo excessivo de aves também pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, embora essa relação ainda seja incerta e exija mais investigação.

No entanto, a carne orgânica pode oferecer benefícios nutricionais superiores à carne convencional, com menores níveis de gordura saturada e mais compostos benéficos, como ácidos graxos ômega-3. Apesar disso, não há estudos suficientes para confirmar se a carne orgânica diminui o risco de diabetes tipo 2 em comparação com a carne convencional. A preparação da carne, como grelhar em altas temperaturas, pode gerar substâncias cancerígenas, mas não há evidências conclusivas sobre seu impacto significativo na saúde humana.

Pesquisas sugerem que uma mudança para uma dieta rica em proteínas vegetais, como nozes, feijões e alimentos à base de soja, pode trazer grandes benefícios à saúde. Substituir a carne vermelha por esses alimentos está associado a uma redução considerável no risco de diabetes tipo 2. Em um estudo, substituir a carne vermelha por nozes e legumes reduziu o risco de diabetes em 30%, enquanto substituir por carne vermelha processada resultou em uma redução de 41%. Essa mudança para fontes vegetais de proteína também tem sido discutida nas diretrizes dietéticas mais recentes dos Estados Unidos, que enfatizam os benefícios de dietas baseadas em vegetais, tanto para a saúde individual quanto para o meio ambiente.

Portanto, para reduzir os riscos de diabetes tipo 2 e melhorar a saúde geral, especialistas recomendam limitar o consumo de carne vermelha e processada, em favor de uma dieta mais centrada em proteínas vegetais.

Texto resumido do Medscape. Leia a matéria completa.

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