O quinto aniversário da identificação do SARS-CoV-2 marca um momento de análise sobre os impactos globais da pandemia de covid-19. Para o Dr. Alexandre Naime Barbosa, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a convivência com o vírus exige vigilância epidemiológica e genômica contínuas.

Entre janeiro e novembro de 2024, o Brasil registrou 806.649 casos e 5.572 óbitos por covid-19, uma redução significativa em relação a 2023, atribuída à imunidade híbrida e à vacinação. Apesar disso, a menor testagem e a vigilância sentinela dificultam comparações históricas e o monitoramento de variantes. Globalmente, a OMS utiliza painéis de testagem e vigilância de águas residuais para acompanhar tendências da doença.

A pandemia causou retrocessos em áreas como expectativa de vida e saúde materna, destacando a necessidade de adaptações em políticas públicas. O vírus continua a evoluir, gerando novas variantes da Ômicron, como as FLiRTs, atualmente predominantes. A variante JN.1 foi identificada em 144 países, mas não há evidências de aumento na gravidade.

Outro desafio é a covid longa, caracterizada por sintomas persistentes como fadiga e disfunção cognitiva, com mecanismos ainda sendo estudados. Embora os tratamentos atuais sejam voltados para controle de sintomas, medicamentos como naltrexona em baixa dose e metformina têm mostrado eficácia. A vacinação continua sendo essencial para prevenir formas graves e a covid longa.

Em 2024, três estudos ganharam destaque: um modelo computacional para prever covid longa baseado em proteínas sanguíneas; uma análise dos avanços e desafios das vacinas, publicada no Monash Bioethics Review; e uma investigação sobre surtos inesperados no verão do hemisfério norte, reforçando a necessidade de estratégias de prevenção contínuas.

Apesar das conquistas, os dados de 2024 reforçam a importância da imunização, da vigilância ativa e da adaptação das estratégias de saúde pública para enfrentar os desafios da covid-19 de maneira eficaz.

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